Trata-se de estudo de caso da cidade de Campina Grande, Paraíba, Brasil, que remonta ao início da década de 1960, no qual a autora identificou importantes elementos sobre a função da cidade na rede urbana de então. A partir de breve histórico sobre a dinâmica econômica, ela analisa desde os aspectos intra-urbanos, até os interurbanos e, embora privilegie os aspectos gerais da cidade em suas relações econômicas com outras cidades, não deixa de referir-se às características ligadas ao dinamismo do entorno rural. Apresenta a cidade como capital regional em que a área de influência podia ser dividida em três níveis, chegando inclusive, a atingir outros estados. Analisando dados relativos aos setores primário, secundário e terciário, a autora consegue mostrar os fatores que mais influenciaram no dinamismo da cidade e que permitiram que cumprisse alguns papeis específicos na região. O estudo mostra que a cidade de Recife, embora capital de outro estado, mantinha intenso fluxo de contatos com Campina Grande, envolvendo diversas atividades. De modo geral, as considerações sobre as causas do dinamismo da cidade, apontam para a importância de fatores ligados à posição geográfica que ocupa e à infra-estrutura, com destaque para aquela relativa aos meios de transportes. Tais fatores teriam contribuído para tornar Campina Grande o maior empório comercial da região na época, depois de Recife, em especial no que se refere ao comércio atacadista.
Notas Bibliográficas
CARDOSO, Maria Francisca Thereza C. Campina Grande e sua função como capital regional. Revista Brasileira de Geografia. Rio de Janeiro, IBGE, ano XXV, n. 4, p. 417-451, out.-dez. 1963.