Globalização, Trabalho, Cidades Médias

Neste artigo, são lançados questionamentos sobre a importância de se estudar as cidades médias e como fazê-lo. A autora sugere considerar o papel das empresas, do Estado e da sociedade no que concerne à construção de uma nova divisão territorial do trabalho, além da própria influência que a cidade exerce sobre as novas formas de trabalho, pois “as redes urbanas, sendo o arcabouço desse sistema de trabalho, outorgam papéis e valores diversos às metrópoles, às cidades regionais, às cidades locais” (p. 12).

Ela utiliza exemplos de cidades argentinas e brasileiras no contexto do período da globalização para mostrar a relação da cidade com o trabalho, enquanto produtora e produto deste, pois os impactos do processo de globalização implicam novos ritmos para as cidades.

Desse modo, a autora considera que, a partir dessa complexidade atual, as cidades encerram espaços de contradições, pois rivalizam espaço público ou direito do cidadão à lógica do mercado, o que ocorreria de forma particular nas cidades médias, consideradas por ela “nós de uma divisão do trabalho à escala mundial” (p. 15), podendo ser o estudo de suas especializações “uma pista para entender a atual organização do espaço” (p. 15).

Notas Bibliográficas

SILVEIRA, Maria Laura, Globalização, Trabalho, Cidades Médias. Revista do Departamento de Geografia. – n. 11, p. 11-17. Rio de Janeiro: UERJ, Departamento de Geografia, 2002.