EIXOS TEMÁTICOS

Questões fundamentais a serem enfrentadas

Eixo que congrega pesquisadores que apresentam interesse no debate na relação entre cidades e em suas regiões, de tal modo que se busca uma análise das relações interurbanas. A divisão territorial do trabalho e a situação geografia tornam-se questões essenciais a este conjunto de preocupações, neste sentido o estudo da relação cidade e região implica em compreender a divisão territorial do trabalho entre o campo e as cidades pequenas, médias e metrópoles.

Conforme apontado em Oliveira, Calixto e Soares (2017, p. 13), em livro resultante da pesquisa em continuidade que ora se propõe:

No Brasil, a partir das últimas décadas do século XX, o processo de urbanização e o crescente desenvolvimento da tecnologia da informação vêm produzindo um quadro urbano diversificado e complexo no que concerne a formas, significados, conteúdos e inter-relações. Nas regiões onde há mais intensa aplicação de tecnologias e de ciência, observa-se maior complementaridade entre os diversos nós da rede urbana, que é fomentada pelo aumento da fluidez, em função desses novos recursos e da comunicação nos territórios.

Objetivos neste Eixo

1. Discutir e analisar a divisão territorial do trabalho entre o campo e as cidades pequenas, médias e metrópoles;

2. Compreender as diversas relações que se estabelecem entre cidade e região, tomaremos como ponto de partida os resultados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2007);

3. Verificar de que maneira os programas governamentais alteraram os arranjos espaciais da rede urbana.

Procedimentos metodológicos

Para a análise das diversas relações que se estabelecem entre cidade e região, tomaremos como ponto de partida os resultados apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE nos estudos Região de Influência de Cidades – REGIC (2007).

Para além dos resultados gerais de classificação hierárquica e áreas de influência apresentadas pelo referido estudo, buscaremos explorar também:

1. Os microdados da REGIC – onde se apresentam informações detalhadas e desagregadas de cada uma das variáveis consideradas pelo IBGE, como nos casos da oferta de bens e serviços, destino da produção agropecuária, origem dos insumos agrícolas, transporte de passageiros rodoviários etc.

2. Os deslocamentos por motivos de trabalho e estudo, disponíveis na base dos Microdados do Censo Demográfico 2010 do IBGE;

3. A base de dados do estudo Divisão Urbano-Regional, publicado pelo IBGE em 2013;

4.A base de dados do estudo Arranjos Populacionais e Concentrações urbanas do Brasil, publicada pelo IBGE em 2015;

4. A base de dados do comércio exterior (importações e exportações) disponibilizada pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços;

5. A base de dados do DATASUS, disponibilizadas pelo Ministério da Saúde;

6. As informações sobre a ampliação do ensino superior e os deslocamentos de estudantes, considerando-se o INEPData, disponibilizada pelo Ministério da Educação, dados de prefeituras municipais, bem como estudos e pesquisas que tratam do tema.

Ressaltamos que as relações que se estabelecem entre cidade e região serão analisadas não só por meio das relações hierárquicas da rede urbana, mas também se considerando as articulações que se dão a partir de diferentes escalas.