O autor tem por objetivo destacar e analisar a influência da globalização e, conseqüentemente, as novas formas e conteúdos da exclusão social, considerando o crescimento das cidades médias brasileiras no âmbito do processo de urbanização. Para tanto, utilizou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de informações de pesquisadores sobre o tema, para mostrar evidências socioespaciais que apóiam as suas argumentações.
Ao apontar alguns aspectos históricos da realidade latino-americana frente aos processos de globalização e exclusão, o autor destaca as cidades médias como centrais nas discussões sobre questões que envolvam as sociedades localizadas nesse sub-continente.
Embora escreva sobre o rompimento das fronteiras conceituais metropolitanas, afirma que “tal qual as metrópoles, as cidades médias também passam a construir tempos e espaços metropolitanos e, conseqüentemente, a reproduzir em outra escala, os mesmos problemas das metrópoles”. Deste modo, argumenta que o novo na urbanização brasileira, “está, em primeiro lugar, no que conceitualmente poderíamos denominar de metropolização do espaço urbano brasileiro”.
Contrapondo os aspectos e tendências gerais da globalização – tais como os relacionados ao surgimento de novas tecnologias – com as particularidades locais, enfatiza a diferenciação surgida frente aos fluxos homogeneizantes, como a ocorrência de ricas cidades pobres, nas quais novas tecnologias e miséria ocorrem de forma concomitante. Para o autor, seria a fragmentação das relações sociais que geraria a fragmentação dos espaços urbanos e a exclusão social estaria permeada pela fragmentação destes espaços.
Notas Bibliográficas
CARVALHO, Edemir de. Exclusão social e crescimento das cidades médias brasileiras. Scripta Nova – Revista electrónica de geografía y ciencias sociales. Universidad de Barcelona. Vol. VII, n. 146(128), 1 de agosto de 2003. Disponível em: <http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-146(128).htm>.
Acesso em: 10 mar. 2009.