Em breve será formalizada a criação do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Rede de Pesquisadores sobre Cidades Médias (INCT/ReCiMe) que foi aprovado na Chamada CNPq/SECTICS/FAPs Nº. 46/2024, conforme divulgação do CNPq. O INCT/ReCiMe será coordenado pelo professor William Ribeiro da Silva (UFRJ) e pela Profa. Doralice Sátyro Maia (UFPB) e é formado por pesquisadores brasileiros de todas as regiões e composto por 25 núcleos (mapa 1) para estudar 48 cidades médias brasileiras (mapa 2).
Há, ainda, a parceria e cooperação internacional com 11 universidade estrangeiras: Universidad Nacional de Tucumán – UNT, Argentina, City University of New York – CUNY, Estados Unidos, Universidad de Burgos – UBU, Espanha, Universidad de Castilla-La Mancha – Campus Albacete – UCLM, Espanha, Universidad de Valladolid – UVa, Espanha, Universidade Licungo – UL, Moçambique, Universidad de Chile – UC, Chile, Universitat de Lleida – UDL, Espanha, Pontificia Universidad Católica de Valparaiso – PUCV, Chile, Pontificia Universidad Católica de Chile – PUCC, Chile e Universidad Nacional Del Centro de La Provincia de Buenos Aires – UNICEN, Argentina. E mais uma parceria estratégica de colaboração mútua em pesquisa com o IBGE, com a participação de 11 pesquisadores da Diretoria de Geociências.
São 4 cidades na Região Norte, 5 na Região Sul, 5 na Região Centro-Oeste, 16 na Região Nordeste e 18 na Região Sudeste, garantindo uma proporcionalidade com a distribuição da população brasileira e da localização das instituições universitárias envolvidas e com uma cobertura por todo o território nacional.
As cidades estão localizadas nas cinco grandes regiões brasileiras. Região Norte: Manacapuru (AM), Parintins (AM), Marabá (PA), Santarém (PA); Região Nordeste: Arapiraca (AL), Barreiras (BA), Juazeiro (BA), Barbalha (CE), Crato (CE), Juazeiro do Norte (CE), Sobral (CE), Cajazeiras (PB), Campina Grande (PB), Patos (PB), Caruaru (PE), Garanhuns (PE), Petrolina (PE), Caicó (RN), Mossoró (RN), Itabaiana (SE); Região Centro-Oeste: Anápolis (GO), Jataí (GO), Mineiros (GO), Rio Verde (GO), Dourados (MS); Região Sudeste: Ituiutaba (MG), Juiz de Fora (MG), Montes Claros (MG), Uberaba (MG), Uberlândia (MG), Angra dos Reis (RJ), Cabo Frio (RJ), Campos dos Goytacazes, (RJ), Itaperuna (RJ), Macaé (RJ), Paraty (RJ), Resende (RJ), Volta Redonda (RJ), Bauru (SP), Presidente Prudente (SP), Ribeirão Preto (SP), Sorocaba (SP), Votorantim (SP); Região Sul: Londrina (PR), Maringá (PR), Passo Fundo (RS), Balneário Camboriú (SC), Chapecó (SC).
Desta maneira se pretende abarcar a análise da urbanização brasileira associada ao processo de interiorização da economia diante de processos de reestruturação urbano-regional.
Com fins de verticalização das pesquisas e dos estudos urbanos, serão empreendidas análises por eixos temáticos sobre as cidades estudadas, são eles: Centros, centralidades, centros históricos e patrimônios, Novos espaços de consumo, Relações do agronegócio e do extrativismo, Industrialização, logística, redes técnicas e tecnologia, Fragmentação socioespacial e desigualdades urbanas, Dinâmica imobiliária, produção da moradia e políticas públicas, Redes Urbanas, dinâmicas regionais, populacionais e de fronteiras e Planejamento Urbano-regional, questões ambientais e mudanças climáticas.
Assim, espera-se avançar na verticalização dos estudos da Região de Influência das Cidades (REGIC/IBGE) por meio destes 8 temas que deverão ser investigados de maneira articulada entre os pesquisadores para uma cobertura nacional e que possa demonstrar diversidade regional e contribuir para solução de problemas por meio do fornecimento de subsídios para o planejamento urbano-regional e para formulação de políticas públicas.
Desta maneira, o INCT ReCiMe estará em estreito contato com a gestão das 48 cidades estudadas na pesquisa e colocando seu corpo técnico altamente capacitado à disposição de contribuir também com o planejamento urbano e solução de problemas. Ressalte-se que fora das metrópoles o corpo técnico envolvido com o planejamento urbano é bastante raro, quando não totalmente ausente, como é o caso de grande parte do conjunto das 48 cidades estudadas nesta proposta. Grande parte das vezes, resumem-se a profissionais de nível médio, de indicações político partidárias e sem formação específica. Neste sentido, o conjunto dos profissionais envolvidos com o INCT deverá representar um impacto bastante positivo para pensar as questões urbanas locais e regionais.
