O texto mostra como os padrões de urbanidade de Buenos Aires foram utilizados, enquanto modelo de modernidade no qual deveria apoiar-se uma sociedade urbana direcionada ao progresso no contexto argentino. Este trabalho contém a análise dos elementos da cultura urbana de Santa Rosa ligados à inovação tecnológica e ao discurso ideológico em torno dela. Nesse sentido, entre outras informações e documentos, são analisados alguns avisos comerciais, usuais na primeira metade do século XX, que permitem observar as representações que permeavam a luta entre grupos sociais da cidade, favoráveis ou não ao modelo de progresso importado da capital paradigmática, Buenos Aires. Esse progresso era considerado uma necessidade por alguns segmentos da população local, assim, enfatizam-se as intencionalidades presentes nestes grupos, e como as representações justificavam mudanças estruturais na cidade. Os resultados advindos da adoção de inovações, inspiradas no modelo Buenos Aires, influenciaria, inclusive, o modo como a cidade se inseriria hierarquicamente na rede, de acordo com a incorporação das características urbanas, simbólicas ou físicas a partir de tal modelo.
O autor mostra a relação entre a representação, construída com vistas a uma assimilação do modelo, e o peso econômico efetivo que Santa Rosa adquiriu enquanto uma das cidades intermedias expostas a essa influência.
Notas Bibliográficas
GAGGIOTTI, H. Globalización, identidad y discurso sobre la innovación urbana en las ciudades intermedias argentinas. Scripta Nova. Barcelona, n. 69, ago. 2000. Disponível em: <http://www.ub.es/geocrit/sn-69-72.htm>. Acesso em: nov. de 2001.