Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade de Maringá polariza um arranjo populacional composto por outros oito municípios (IBGE, 2015). Em 2018, a população do município era 417.010 habitantes, mas a população do arranjo era de 636.899 habitantes.
Maringá concentra boa parte das atividades econômicas de seu entorno imediato, desempenhando um papel de intermediação importante no âmbito da rede urbana, classificada como Capital Regional de nível B, conforme aponta o estudo Regiões de Influência das Cidades REGIC, 2008). Dentre os polos regionais paranaenses, Maringá se destaca como uma cidade planejada que surgiu no âmbito da expansão da cultura cafeeira paulista, e, portanto, suas origens estão vinculadas à formação socioespacial cafeeira do Estado de São Paulo.
A consolidação da ocupação regional se deu a partir dos anos de 1940, com a intensificação do cultivo do café, amparada pela expansão do ramal ferroviário destinado ao escoamento da produção regional da safra até o porto de Santos. Durante os anos de 1960 e 1970 a cultua cafeeira entrou em declínio (acelerado por intempéries climáticas), sendo substituída pela produção de commodities, tais como a soja. Esse processo, marcado por alterações nas relações de trabalho, resultou em rápida mudança da estrutura demográfica regional, com expulsão da população residente no campo para as cidades, tendo como base a industrialização do campo e o surgimento de diversas atividades industriais tradicionais, especialmente vinculadas ao setor do agronegócio (IPARDES, 2004).
As taxas de urbanização calculadas para o ano de 2015 correspondiam a 98,07% para Maringá e 97,50% para o arranjo. As atividades industriais cresceram no município ao ponto de se destacarem em âmbito nacional (REOLON, 2013), e, movidas pela ampliação da divisão social do trabalho ensejada pela urbanização, as atividades de comércio e serviços também cresceram a tal ponto (REOLON, 2016).
Livro:
REOLON, C. A. Produção industrial e comando do capital no Brasil: uma análise espacial. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013.
Tese:
REOLON, Cleverson Alexsander. Os espaços de comando do capital e de produção industrial no Brasil. 2012. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), câmpus de Presidente Prudente.
Relatório de pesquisa:
REOLON, C. A. O consumo no espaço: a distribuição dos equipamentos de comércio e serviços no Brasil 2016. 578f. Relatório de Pós-Doutorado (Geografia Econômica) – Universidade Estadual Paulista Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente.