Este texto constitui um capítulo do livro: América Latina: cidade, campo y turismo, disponível na biblioteca virtual do Conselho Latinoamericano de Ciências Sociais (CLACSO). Contém considerações sobre as novas mudanças ocorridas no espaço urbano venezuelano em contexto de globalização, especificamente sobre a emergência das cidades intermedias, enquanto aquelas mais atrativas para o desenvolvimento de novas atividades econômicas e mais afinadas com os mercados atuais. A autora menciona que “estas ciudades experimentan el mayor dinamismo, tanto demográfico como funcional y una mayor capacidad para integrarse a las redes que sobrepasan el cerco nacional” (p. 150). Ela também mostra as transformações de algumas atividades e dinâmicas que, num passado recente, estimularam e valorizaram as cidades intermedias venezuelanas e que, atualmente, não mostram o mesmo ímpeto, além disso, questiona sobre a própria condição de intermediação. Alguns parâmetros que distinguem as cidades intermedias (capacidade de intercâmbio, autonomia e liderança) teriam sido afetados pelas novas mudanças socioeconômicas. Ela utiliza uma distinção entre as cidades média e intermedias, que considera a primeira uma noção ligada aos aspectos estáticos e a segunda aos aspectos dinâmicos do espaço urbano. Faz uso, aliás, da seguinte tipologia: cidade grande, metrópole incompleta, cidades intermedias, cidades em transição e cidades médias.
Baseada em diversas fontes, a autora evidencia os aspectos internos e externos que influenciam o espaço urbano venezuelano. Também mostra os limites e a inviabilidade das novas propostas territoriais do governo a partir do Plan Nacional de Desarollo Regional 2001-2007, o qual propõe uma ocupação mais equilibrada do território, com metas relativas à descentralização desconcentrada a serem atingidas por meio dos eixos de desconcentração. A perspectiva adotada pela autora sugere que estas políticas levem em conta as demandas por área e não o mito da distribuição populacional equilibrada, nesse sentido, ela assevera que “se le debe conceder un tratamiento especial a aquellas ciudades más dinámicas, ubicadas a la cabeza del sistema urbano, pues ellas constituyen los vehículos de integración del país en el contexto globalizado de la sociedad. Las ciudades ‘intermedias’ venezolanas merecerían una consideración y tratamiento particular” (p. 168).
Notas Bibliográficas
PULIDO, Nubis. El espacio urbano latinoamericano y la globalización. Emergencia de ciudades ‘intermedias’ y nuevos cambios en Venezuela. In: LEMOS, Amalia Inés Geraiges de; ARROYO, Mónica; SILVEIRA, Maria Laura. América Latina: cidade, campo y turismo. Buenos Aires: CLACSO, São Paulo: USP, 2006. p. 149-171.