Este trabalho apresenta a análise de algumas características da estrutura urbana observada no Brasil e compara-as com as dos Estados Unidos da América. De modo geral, o autor pesquisa os processos de concentração e desconcentração urbana e suas especificidades.
São utilizados dados do Bureau of Economic Anayisis (BEA) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que, após organizados, são correlacionados a partir dos resultados de medidas de concentração e assimetria urbana, tais como: coeficiente de Pareto, primazia das cidades e índice de desconcentração urbana, com destaque para o coeficiente de Pareto, pois é enfatizado pelo autor que “a grande maioria dos autores o considera uma ótima descrição das estruturas urbanas” (p. 4).
Os resultados obtidos expressam que as estruturas das redes urbanas do Brasil e EUA são diferenciadas, sendo a brasileira mais concentrada ou menos polarizada que a norte-americana. Ainda nesta comparação, determinadas correlações estabelecidas indicam um menor número e tamanho de cidades médias no Brasil, com exceção da região Sul. Características que revelam uma estrutura urbana desequilibrada, “de modo geral, todas as estruturas urbanas estaduais e regionais brasileiras apresentam desequilíbrios que refletem uma excessiva polarização combinada com uma ausência de cidades médias” (p. 13).
Considerando esses e outros resultados, o autor propõe a execução de políticas voltadas para a qualificação da mão-de-obra, difusão de inovações, juntamente com infra-estrutura que dinamize as cidades de pequeno e de médio porte.
Notas Bibliográficas
RUIZ, Ricardo Machado. As estruturas urbanas do Brasil: uma análise a partir do tamanho das cidades. Disponível em: http://www.anpec.org.br/encontro2004/ artigos/A04A122.pdf. Acesso em: 18 mar. 2009.