O texto insere-se no debate relativo à definição de cidades médias e analisa a contribuição desta abordagem para as políticas de desenvolvimento regional.
A partir de breve histórico sobre a evolução e significados do conceito de cidades médias, são apresentados os limites e as contribuições dos critérios quantitativos e qualitativos envolvidos. Entre os limites existentes na tentativa de definição dos critérios de conceituação são destacados os debates próprios do conceito de urbano, além das dificuldades em encontrar um paralelismo entre o que são as cidades médias em cada país, devido às variadas formas de organização político-administrativa. É observado que “esta busca de definição retrata dois aspectos: por um lado, a dificuldade em identificar as características básicas de uma cidade média; por outro, a importância que estas têm vindo assumir na evolução dos sistemas urbanos e regionais” (p. 123). Também, é reconhecido o papel que as cidades médias desempenham atualmente em diversas escalas.
Destacando a insuficiência dos pressupostos fundados nas teorias econômicas clássicas, no que se refere à necessidade de compreensão das particularidades atuais que envolvem a questão urbana, a autora aponta a necessidade de utilização de novas leituras, como a relativa à abordagem da regulação. Propõe, assim, uma abordagem integrada envolvendo os conceitos de sustentabilidade, meio inovador e território rede, considerando suas relações com o conceito de cidade intermédia, tanto como critérios de base para a definição das cidades médias, quanto como objetivos a atingir no âmbito das políticas de desenvolvimento ancoradas nas cidades.
Notas Bibliográficas
COSTA, Eduarda Marques da. Cidades médias: contribuições para sua definição. Finisterra, n. 74, 2002, p. 101-128. Disponível em: <http://www.ceg.ul.pt/finisterra/numeros/2002-74/index.html>. Acesso em: 10 mar. 2009.
